INTERCEPTAÇÃO

FAB intercepta avião com carga ilegal em área protegida dos Yanomami

Aeronave realizava o transporte ilegal de cassiterita, dentro da Zona de Identificação de Defesa Aérea (ZIDA 41), na Reserva Indígena Yanomami
Publicada em: 25/06/2025 19:42
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Fonte: COMAE
Edição: Agência Força Aérea, por Tenente Scarlet

Em uma ação realizada pela Força Aérea Brasileira (FAB) na segunda-feira (23/06), uma aeronave modelo Cessna 182 foi interceptada na Zona de Identificação de Defesa Aérea (ZIDA 41), sobre a Reserva Indígena Yanomami. Foram empregados na operação dois caças A-29 Super Tucano e uma aeronave radar E-99 da FAB, sob controle do Quarto Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA IV), em Manaus. A missão foi conduzida pelo Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), em coordenação com a Polícia Federal (PF), como parte das ações de vigilância e controle do espaço aéreo brasileiro.

A aeronave interceptada, sem plano de voo e de matrícula PT-JMO, foi identificada pelo radar aeroembarcado do E-99 e, em seguida, submetida às Medidas de Policiamento do Espaço Aéreo (MPEA).

Conforme previsto nos protocolos operacionais, os pilotos da FAB realizaram o reconhecimento visual e o contato via rádio. Após essas ações, o piloto da aeronave interceptada optou por realizar um pouso forçado em uma área não preparada.

Diante da situação, foi mobilizado um helicóptero H-36 Caracal da FAB, operado pelo Terceiro Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (3º/8º GAV) - Esquadrão Puma, com a missão de resgate e de transporte dos agentes da Polícia Federal responsáveis pela execução das Medidas de Controle no Solo (MCS).

No interior da aeronave interceptada, foi encontrada uma grande quantidade de cassiterita sem qualquer tipo de documentação, o que caracteriza crime ambiental, conforme previsto na Lei nº 9.605/1998. O piloto foi localizado e transportado para um hospital na cidade de Boa Vista (RR).

Essa ação integra a Operação ZIDA 41 e o Programa de Proteção Integrada de Fronteiras (PPIF), cujo objetivo é combater tráfegos aéreos ilícitos ou desconhecidos por meio de ações coordenadas entre a FAB e órgãos de segurança pública.

Fotos: COMAE